Daqui a exatamente uma semana, o autódromo
de Interlagos será tomado pelo barulho dos motores dos 24 carros que disputam o
Mundial de Fórmula 1, quando acontecerão os primeiros treinos livres para o GP
do Brasil. Enquanto este dia não chega, a pista paulistana passa pelos últimos
retoques estruturais, para deixar tudo pronto para receber pilotos e equipes da
principal categoria do planeta. O GLOBOESPORTE.COM deu uma volta no circuito
com Luiz Ernesto Morales, engenheiro-chefe do evento, para verificar o andamento
deste trabalho (veja no vídeo ao lado).
Diferentemente
de um carro de Fórmula 1, que percorre os 4.309 metros em pouco mais de um
minuto, nossa volta é feita sem pressa, observando cada detalhe. Logo no fim da
reta de largada, um guindaste acoplado a um caminhão é utilizado para auxiliar
na fixação de uma placa de publicidade numa passarela sobre a pista.
Poucos metros adiante, no “S do Senna”, uma
equipe utiliza um caminhão-pipa para testar o sistema de drenagem. Desde 2009,
o trecho possui ranhuras diagonais no asfalto, semelhantes às que são aplicadas
nas pistas dos aeroportos. A novidade para este ano é a correção dos desníveis
da área de escape, com uma base de cimento acoplada ao piso de terra. Algo que
deve ajudar a escoar o excesso de água em caso de chuva forte, mas que também
promete ajudar os pilotos que perderem o traçado ideal a retornar à pista.
- O
sistema de drenagem tem que ser perfeito, não pode haver lâmina de água na
pista. Testamos com o caminhão-pipa usando um jato forte de água para ver se
está tudo funcionando corretamente - explica o engenheiro, que aproveita para
passar algumas orientações à sua equipe naquele local.
Ao longo da reta oposta, as arquibancadas
tubulares montadas especialmente para o evento já esperam os cerca de 70 mil
espectadores estimados para o fim de semana. Às margens da pista, a fixação de
cada barreira de pneus é verificada cuidadosamente, ao passo que algumas delas
recebem manualmente pinturas com os nomes de patrocinadores. Em alguns pontos
do miolo do circuito até o trecho do Mergulho, que antecede a parte onde os
carros ganham aceleração plena, operários colam placas de grama sintética na
área externa das zebras. É mais uma forma de garantir estabilidade aos pilotos
nas saídas de curva, mesmo que eles exagerem na dose. Para ajudar na colagem,
são colocados sacos de areia sobre as placas de grama.
Na
Curva do Café, a polêmica chicane reformada em agosto e utilizada desde então
por categorias nacionais ganha nova função durante estes dias anteriores à corrida.
Como há um pórtico de propaganda já montado sobre a pista naquele local, todos
os carros e caminhões de serviço devem contorná-la, de forma a evitar danos na
estrutura metálica devido à altura dos veículos. Os carros de Fórmula 1, bem
mais baixos, passarão sem problemas por ali, mesmo a mais de 200 km/h.
FONTES
Texto: Globoesportes.com | Imagens: Alexander Grünwald
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