sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A uma semana dos primeiros treinos, Interlagos se apronta para a Fórmula 1


Daqui a exatamente uma semana, o autódromo de Interlagos será tomado pelo barulho dos motores dos 24 carros que disputam o Mundial de Fórmula 1, quando acontecerão os primeiros treinos livres para o GP do Brasil. Enquanto este dia não chega, a pista paulistana passa pelos últimos retoques estruturais, para deixar tudo pronto para receber pilotos e equipes da principal categoria do planeta. O GLOBOESPORTE.COM deu uma volta no circuito com Luiz Ernesto Morales, engenheiro-chefe do evento, para verificar o andamento deste trabalho (veja no vídeo ao lado).
Diferentemente de um carro de Fórmula 1, que percorre os 4.309 metros em pouco mais de um minuto, nossa volta é feita sem pressa, observando cada detalhe. Logo no fim da reta de largada, um guindaste acoplado a um caminhão é utilizado para auxiliar na fixação de uma placa de publicidade numa passarela sobre a pista.

Poucos metros adiante, no “S do Senna”, uma equipe utiliza um caminhão-pipa para testar o sistema de drenagem. Desde 2009, o trecho possui ranhuras diagonais no asfalto, semelhantes às que são aplicadas nas pistas dos aeroportos. A novidade para este ano é a correção dos desníveis da área de escape, com uma base de cimento acoplada ao piso de terra. Algo que deve ajudar a escoar o excesso de água em caso de chuva forte, mas que também promete ajudar os pilotos que perderem o traçado ideal a retornar à pista.
- O sistema de drenagem tem que ser perfeito, não pode haver lâmina de água na pista. Testamos com o caminhão-pipa usando um jato forte de água para ver se está tudo funcionando corretamente - explica o engenheiro, que aproveita para passar algumas orientações à sua equipe naquele local.

Ao longo da reta oposta, as arquibancadas tubulares montadas especialmente para o evento já esperam os cerca de 70 mil espectadores estimados para o fim de semana. Às margens da pista, a fixação de cada barreira de pneus é verificada cuidadosamente, ao passo que algumas delas recebem manualmente pinturas com os nomes de patrocinadores. Em alguns pontos do miolo do circuito até o trecho do Mergulho, que antecede a parte onde os carros ganham aceleração plena, operários colam placas de grama sintética na área externa das zebras. É mais uma forma de garantir estabilidade aos pilotos nas saídas de curva, mesmo que eles exagerem na dose. Para ajudar na colagem, são colocados sacos de areia sobre as placas de grama.
Na Curva do Café, a polêmica chicane reformada em agosto e utilizada desde então por categorias nacionais ganha nova função durante estes dias anteriores à corrida. Como há um pórtico de propaganda já montado sobre a pista naquele local, todos os carros e caminhões de serviço devem contorná-la, de forma a evitar danos na estrutura metálica devido à altura dos veículos. Os carros de Fórmula 1, bem mais baixos, passarão sem problemas por ali, mesmo a mais de 200 km/h.

FONTES
Texto: Globoesportes.com | Imagens: Alexander Grünwald

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