Após um ano na fraquíssima Hispania, considerada a pior equipe da Fórmula 1, Bruno Senna conseguiu a vaga de piloto de testes da Renault-Lotus. Agora, 11 meses depois, o brasileiro é titular da equipe depois de Nick Heidfeld ter sido dispensado pelo fraco desempenho. Sete corridas depois, após um bom início, o carro da equipe anglo-francesa teve o desenvolvimento estagnado. Apesar disso, o trabalho do piloto é considerado bom.
Em
entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, ele espera colher os frutos disso em 2012,
fazendo uma temporada completa no time. Mas ele sabe das dificuldades e da
disputa pela vaga. Pilotos como Kimi Raikkonen e Romain Grosjean já foram
especulados na Renault-Lotus no próximo ano.
-
Imagino que a gente esteja, em primeiro lugar, com mais chances de ficar na
Renault-Lotus. Tem muita competição, muitos pilotos querendo entrar lá. A
equipe tem potencial, já ganhou campeonatos. Mas estamos lá. Gostaria de
continuar a trabalhar com o pessoal deste ano. Se a gente conseguir colocar os
patrocinadores juntos, imagino que dê para ficar. Mas temos outras opções. Não
estamos totalmente presos à Renault-Lotus, mas minha preferência é ficar e
fazer um ano inteiro com eles em 2012 - disse Bruno Senna.
Expectativa para o
GP do Brasil
- Vai
ser a última corrida do ano, então já chego com o maior nível de experiência
possível. Acho que vai ser difícil. Temos um desafio grande em Interlagos, que
é uma pista com várias curvas lentas e mais ondulada do que o normal. Nosso
carro não gosta muito dessa combinação. Em Cingapura, ele sofreu bastante. Mas
a nossa situação é igual na corrida em Abu Dhabi: se acertarmos tudo, temos
boas chances de ficar na zona de pontuação. Estamos em uma zona que um décimo
pode te jogar de 10º para 15º. Não será fácil, mas estou animado por ser minha
corrida de casa. Meu desafio é bem complicado.
Balanço da temporada
- Foi
um começo forte, como era esperado, nas pistas europeias, que conheço bem. Tive
uma boa corrida em Cingapura também, mas, infelizmente, o carro não era
competitivo e ficamos só em 15º. Então vieram duas difíceis: Suzuka e Coreia do
Sul. Tive problemas nas duas sextas-feiras e perdi muito tempo de treino. Na
Índia, tivemos um desempenho melhor na classificação e na prova. Em Abu Dhabi
fomos bem, mas o resultado não veio. Agora espero colocar tudo junto no Brasil:
um classificatório perfeito e uma corrida também, para fechar o ano com chave
de ouro.
Pressão do
sobrenome no Brasil
- Vai
trazer boas memórias para o pessoal: um carro preto e dourado com o capacete
amarelo lá. Espero que comece a criar novas boas memórias com essa combinação.
Tem muita nostalgia, muita coisa boa, mas não vai ser fácil. A pressão vai ser
grande, mas o pessoal sabe que o carro não está competitivo neste fim de ano.
STR e Force India passaram a gente. Não vai ser fácil brigar com eles. Mas
estamos lá. Se tudo encaixar direitinho, temos chances de pontuar.
Desempenho decepcionante da
Renault-Lotus?
- Olha,
para mim, a diferença do que fiz no ano passado para este ano já é uma grande
satisfação. O carro é muito mais competitivo que o do ano passado. Estamos
nesta zona em que um décimo te joga de 10º para 15º. Não é fácil, mas pelo
menos estou brigando. E isso é muito importante para mim. Passei 2009 e 2010
sem competir de verdade. Em 2009 foi um campeonato diferente e, em 2010, a
gente só tentava terminar as corridas. Para mim é muito importante ter a
pressão do pessoal me atacando e de tentar brigar. Gostaria muito de estar
brigando por pódios, fazendo pontos regularmente. Para mim é muito satisfatório
estar em uma equipe que está me dando a primeira chance na Fórmula 1.
FONTES
Texto: Globoesporte.com | Imagens: Globoesporte.com
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