Os problemas com a falta de patrocínio são constantes e conhecidos. À espera de um lugar fixo no grid da Fórmula 1, Luiz Razia lida com as dificuldades de não ter um suporte financeiro que possa concorrer com os milhões de dólares de outros novatos, como o mexicano Sergio Perez e o venezuelano Pastor Maldonado. Para o baiano, que vai correr o primeiro treino livre do GP do Brasil, na sexta-feira, no entanto, o problema vai ainda além. Sem um piloto do país campeão na categoria desde Ayrton Senna, antigos torcedores migraram para outros esportes, espantando, assim, possíveis investidores.
- Você vê o quanto a torcida segue a vitória. Se chega em segundo ou terceiro, não se compara à vitória. Quando tínhamos um tenista brasileiro ganhando, todo mundo gostava. Hoje, com o UFC, todo mundo gosta. Quando tinha brasileiro vencendo na F-1, todo mundo gostava. A torcida brasileira segue a vitória. Se não tem ninguém ganhando, se afasta. Na época (de Ayrton Senna), eram vários patrocinadores, Petrobras, marca de café, entre outros. Hoje em dia, qual empresa do país patrocina a Fórmula 1? As pessoas que torcem também puxam o barco pra baixo - disse o brasileiro.
Para Razia, porém, a Fórmula 1 ainda é um bom foco de investimento para as empresas brasileiras.
- As empresas estão perdendo oportunidade, na verdade. Não é só o piloto que vai ganhar, as empresas fazem negócios, a publicidade é incontestável. Quando vou em um patrocinador, digo que não vou pedir favor, vou apresentar um projeto. A gente tem talento, mas falta espaço.
Por conta disso, Razia acredita que vários pilotos brasileiros saem cedo do país para tentar a vida no exterior. Ele, criado nas categorias nacionais, preferiu seguir de outro jeito.
- É um esporte muito caro, é difícil encontrar apoio financeiro. Alguns pilotos entenderam que, indo para a Europa cedo, iriam aprender mais, acham isso uma opção melhor. Eu, particularmente, acho que piloto precisa de uma formação no Brasil, ficar um pouco com a família. Mas também é preciso melhorar cursos de kart. Também as categorias de Fórmula, tudo isso precisa de uma ajuda de custos, material que chega aqui custa o dobro, devia isenção de impostos para esse tipo de esportes, já que vamos representar o Brasil lá fora. Na verdade, não recebemos incentivo para nada. É difícil.
FONTES : Globoesporte.com |Imagens: Total race.com.br (http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2011/11/razia-pede-mais-apoio-aos-pilotos-e-diz-torcida-brasileira-segue-vitoria.html )
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